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segunda-feira, 19 de abril de 2010

Aventuras de um Galináceo por Terras de São Tiago


Após ter agendado algumas datas possíveis (ou não!) para levar a bom porto esta aventura, eis que a chegada da hora de verão e o fim-de-semana prolongado de Páscoa, foram o mote para lançar o desafio a um amigo do pedal. O grupo ganhou mais dois camaradas, e cerca de um mês antes da data prevista iniciámos todos os preparativos logísticos, treinos, traçados GPS, se bem que este último pouca importância teve, pois o Caminho encontra-se bem marcado principalmente em Portugal onde abundam as setas amarelas.
O objectivo era simples, repetir dos Caminhos mas desta vez em autonomia total. O estado do tempo teimava em “assombrar” o projecto, mas desde o inicio optámos por não dar grande relevo a esse “pequeno” pormenor e foi seguido o princípio “CARPE DIEM”.
Optámos por iniciar a viagem de comboio de Aveiro até Gaia e partir de bicicleta da Sé do Porto até Ponte de Lima onde pernoitámos na Pousada da Juventude. No dia seguinte esperava-nos uma etapa mais curta mas nem por isso mais leve, dado que a chuva teimava em nos acompanhar. Por motivos de força maior, dois colegas terminaram a sua jornada em Valença, com a promessa de voltarem a repetir os Caminhos na íntegra.
Seguimos para Redondela onde iríamos pernoitar no simpático albergue da “Torre do Reloj”. Por lá jantámos e finalizámos o serão em amena cavaqueira com um simpático ancião irlandês.
Iniciámos o terceiro e último dia bem cedo, às 6 da manhã portuguesas lá começámos a arrumar as tralhas, tomar o pequeno-almoço e fizemo-nos ao caminho. Desta vez as preces do amigo David foram ouvidas, o S. Tiago lá puxou os cordelinhos e brindou-nos com sol até por volta do meio-dia, altura em que o cenário voltou a ser de chuva para terminar a viagem como tinha começado. Chegados a Santiago debaixo de chuva, era hora de trocar de roupa por algo mais confortável e seco, e esperar pela boleia de regresso proporcionada pelos amigos Vasco e Rui.
Foram 3 dias recheados de peripécias, companheirismo e excelentes paisagens, onde a água foi o elemento predominante. Fica a promessa de lá voltar.
ULTREIA ET SUS EIA
Martinho

1 comentário:

Paulo Seabra disse...

Grande aventura.
Também eu quero lá ir um destes dias, porque começo a sentir que estou preparado para enfrentar o desafio.
Martinho, conto com o teu apoio no sentido de passares alguma informação sobre os pormenores da viagem. Preciso de começar a elaborar um "check list" para não carregar com peso em excesso de coisas supérfluas!
Abraço